Emater incentiva pecuaristas de Altamira a adotar produção de leite mais sustentável

08/08/2025 18h53 - Atualizado há 2 dias

 

O escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), em Altamira, no Xingu, vem fortalecendo o apoio a produtores de leite interessados em adotar práticas mais sustentáveis. Atualmente, 80 pecuaristas de foco leiteiro recebem atendimento direto da instituição no município.

A maioria das propriedades possui 30 a 100 hectares e rebanhos de 50 a 100 animais, em geral da raça girolando. Entre as estratégias recomendadas pela Emater para reduzir o impacto ambiental da atividade e enfrentar os efeitos das mudanças climáticas, estão:

  • Suplementação nutricional do gado;

  • Melhoramento genético;

  • Manejo adequado do rebanho;

  • Adequação sanitária;

  • Uso de tecnologias de monitoramento.

A suplementação pode vir do próprio cultivo de capim e milho nas propriedades, com destaque para o uso de silagem, que garante alimento de qualidade mesmo na estiagem, quando a pastagem é escassa.

Segundo Carlos Waldir dos Santos, médico veterinário da Emater em Altamira e especialista em Produção e Reprodução de Bovinos, uma das recomendações é o BRS Capiaçu, cultivar de capim-elefante desenvolvida pela Embrapa.

“Além do BRS Capiaçu, também indicamos sal mineralizado, farelo de milho e farelo de soja. A suplementação volumosa ou concentrada é essencial no período seco. Nos últimos anos, a estiagem na Amazônia tem se intensificado, reduzindo a disponibilidade de pastagem e até de água de qualidade para os animais”, destaca o veterinário.

Dia de Campo reforça troca de conhecimentos

No dia 1º deste mês, o Sítio Boa Esperança, localizado no Ramal do Paratizinho (Km 9 da rodovia Transassurini), recebeu o Dia de Campo de Pecuária Sustentável. O evento reuniu 20 famílias e contou com o apoio da Emater, dentro do projeto internacional Sustainable Agriculture for Forest Ecosystems (Safe)  parceria entre a ONG Fundação Viver, Produzir e Preservar (FVPP), a agência alemã Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e o governo federal brasileiro.

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) também participaram, oferecendo palestras e diálogos com os produtores.


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