O Ministério da Agricultura prorrogou, até agosto de 2026, o estado de emergência fitossanitária para a monilíase do cacaueiro, praga que ameaça lavouras de cacau e cupuaçu. A medida, que entra em vigor no dia 5 de agosto, foi publicada no Diário Oficial da União e mantém o alerta máximo para os Estados do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia.
A prorrogação se dá pelo “risco iminente de introdução da praga quarentenária Moniliophthora roreri” nessas regiões. A monilíase atinge plantas do gênero Theobroma, como o cacau e o cupuaçu, e provoca perdas expressivas na produção, exigindo o uso intensivo de fungicidas e medidas de controle.
O primeiro foco da doença no Brasil foi registrado em julho de 2021, em área urbana de Cruzeiro do Sul (AC). Desde então, novos focos surgiram em Tabatinga (AM), em 2022, e em Urucurituba (AM), em julho de 2024.
A praga já está presente em diversos países vizinhos da América do Sul, como Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru, aumentando a pressão sobre as fronteiras agrícolas da Amazônia.