O setor citrícola brasileiro vive uma de suas piores crises após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs uma tarifa de 50% sobre o suco de laranja importado do Brasil, com vigência a partir de 1º de agosto. A medida já provoca efeitos devastadores, como a queda drástica nos preços, paralisação de fábricas e toneladas de frutas se perdendo nos pomares e caminhões.
A situação é crítica em regiões como o Sealba que abrange partes de Sergipe, Alagoas e Bahia, onde produtores relatam a inviabilidade econômica da colheita. Em Rio Real (BA), caminhões lotados de laranja estão sendo descartados, enquanto fábricas em Estância (SE) operam com apenas metade da capacidade, segundo a Associação de Desenvolvimento Tecnológico Citrícola do Nordeste (ADTCN).
Com a ameaça às exportações, colapso logístico e desvalorização do produto, muitos produtores cogitam deixar a fruta apodrecer no pé, diante da falta de mercado e do prejuízo crescente.