De acordo com Antônio Mário Penz Junior, diretor global de Contas Estratégicas da Cargill Nutrição Animal, o avanço do consumo deve provocar, no médio e longo prazo, a derrubada de barreiras comerciais que ainda restringem o acesso a determinados mercados.
Apesar de cerca de 60% da população indiana ser vegetariana e de parte da sociedade ter restrições religiosas à carne bovina e suína, o consumo de frango já se apresenta como grande oportunidade. Atualmente, a Índia registra um consumo médio de apenas 2 kg de carne de frango por habitante/ano, enquanto no Brasil esse índice chega a 46 kg por habitante/ano.
A diferença mostra o enorme potencial de crescimento no mercado indiano, especialmente considerando a população superior a 1,4 bilhão de pessoas e a tendência de aumento da renda média.
O Brasil, que já é um dos maiores exportadores de aves do mundo, pode se beneficiar desse cenário ao ampliar sua participação em mercados emergentes. A abertura gradual do comércio internacional de proteínas animais tende a reforçar a competitividade do país e gerar mais divisas para o agronegócio.
Além da Índia, outros países em desenvolvimento também apresentam potencial de expansão do consumo de carnes, consolidando a posição do Brasil como fornecedor estratégico de proteína animal no mercado global.