O Estado do Pará deu mais um passo firme rumo ao protagonismo na agenda ambiental global. Durante a 12ª edição do Congresso Internacional de Desenvolvimento Sustentável, realizada nesta terça-feira (1º), em Belém, o governador Helder Barbalho reafirmou o compromisso do Estado com o avanço de políticas públicas voltadas à transição ecológica, valorização dos ativos florestais e estímulo à bioeconomia.
Promovido pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o evento reuniu autoridades, executivos, especialistas e representantes de organismos internacionais. O governador participou ao lado de Ana Toni, CEO da COP30, e Marcello Brito, secretário executivo do Consórcio da Amazônia Legal e enviado especial da COP para os estados da região.
“Estamos nos apresentando ao Brasil como um Estado que já constrói as suas bases para ser um exemplo nacional em políticas ambientais. O Pará está se tornando um farol para ações que podem ser replicadas em outros estados, contribuindo para uma política ambiental verdadeiramente nacional”, afirmou Helder.
Entre os destaques da gestão estadual, o governador mencionou a concessão pública de áreas para restauração florestal, iniciativa pioneira no país. A primeira já está em andamento, e outras duas estão previstas para 2025. Outro marco foi a criação do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, que será entregue à COP30 como um espaço para startups e empreendedores da bioeconomia desenvolverem soluções sustentáveis com escala.
Helder Barbalho também anunciou a Lei de Responsabilidade Ambiental, a primeira do tipo no Brasil, aprovada e sancionada recentemente. A legislação garante recursos permanentes e específicos para ações sustentáveis no Pará, oriundos de royalties da mineração, taxas hídricas e minerárias.
“Para se ter uma ideia, em 2025 teremos R$ 100 milhões no orçamento para a sustentabilidade. Com a nova lei, em 2026, esse valor saltará para R$ 1 bilhão. O Pará passa a ter fonte segura e permanente para sustentar sua agenda ambiental”, celebrou o governador.
Outro ponto abordado foi a comercialização de créditos de carbono e a repartição justa desses recursos com comunidades tradicionais. “Estamos fazendo escutas nos territórios para garantir que o retorno financeiro seja compartilhado com quem protege nossas florestas há séculos”, ressaltou Helder.
Em seu discurso, Ana Toni, CEO da COP30, reforçou a importância de Belém como sede da conferência em 2025. "A COP30 vai fazer história. O debate climático nunca mais será o mesmo depois de passar por Belém. A cidade está pronta para ser referência global na implementação e aceleração das mudanças que o planeta precisa", declarou.
Ana também destacou que o evento vai além do legado estrutural: "A COP30 é uma COP da aceleração. A implementação das ações climáticas já começou, o que precisamos agora é de escala, ambição e velocidade."
O congresso também reforçou o papel do diálogo com o setor produtivo. Para Helder Barbalho, o caminho é a convergência entre iniciativa privada e poder público para estruturar um ambiente de negócios verdes com segurança jurídica, inovação e desenvolvimento da biodiversidade.
“É essencial mobilizar o setor empresarial na construção de um novo modelo econômico para a Amazônia, baseado na valorização dos ativos florestais. Nosso desafio é transformar floresta em valor, em bioeconomia, com respeito e sustentabilidade”, concluiu o governador.