Em um momento em que sustentabilidade e geração de renda caminham lado a lado, o município de São Miguel do Guamá, no nordeste do Pará, deu mais um passo em direção ao desenvolvimento verde. O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio), por meio da Diretoria de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF), entregou oficialmente um novo viveiro à população local. A iniciativa foi viabilizada em parceria com a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Agricultura.
Com capacidade produtiva de até 15 mil mudas de espécies florestais e frutíferas, a estrutura se soma aos outros seis viveiros existentes na região. Juntos, esses espaços agora são capazes de produzir 100 mil mudas por ano, número expressivo que reforça o compromisso do município com os Sistemas Agroflorestais (SAFs) e a restauração ambiental.
O novo viveiro foi construído com estrutura metálica em ferro galvanizado, cobertura de sombrite com 50% de sombreamento ideal para o desenvolvimento saudável das mudas e sistema de irrigação por aspersão, que garante regularidade no fornecimento de água. Essa estrutura técnica eleva a qualidade da produção e melhora o manejo das plantas desde a fase inicial.
Segundo o engenheiro agrônomo e gerente de Tecnologia Florestal do Ideflor-Bio, Cleberson Salomão, o novo equipamento fortalece as ações do Projeto Sistemas Agroflorestais (Prosaf), desenvolvido em diversas comunidades da região. "Nosso objetivo é contemplar mais agricultores e levar o Prosaf a novos territórios dentro de São Miguel", afirmou.
Além de atender às demandas ambientais, o viveiro também traz impactos econômicos. “Esses viveiros vão ajudar o município nas ações de restauração florestal, mas também gerar benefícios econômicos e sociais para as famílias agricultoras que participam do projeto", complementou Cleberson.
Com a implantação do novo viveiro, São Miguel do Guamá reforça sua vocação para a produção sustentável, onde o reflorestamento com espécies nativas e frutíferas passa a ser não apenas uma ação ecológica, mas também uma alternativa real de desenvolvimento econômico para comunidades rurais.
A ação demonstra como políticas públicas bem estruturadas, aliadas ao trabalho técnico e ao envolvimento comunitário, podem plantar hoje as bases para um futuro mais verde, produtivo e justo no interior do Pará.