Emater projeta R$ 2 milhões de crédito rural para extrativistas de açaí de Limoeiro de Ajuru

20/03/2025 18h42 - Atualizado há 2 semanas

Por meio de projetos de crédito rural elaborados pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), 40 moradores das ilhas de Limoeiro do Ajuru, na região do Tocantins, podem receber, no mais tardar em fim de abril, um total de R$ 2 milhões do Banco da Amazônia (Basa) para investir em manejo de açaizais nativos em áreas de assentamento federal. 

As propostas, em tramitação desde essa segunda-feira (17), visam à linha A do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e se dão prospectadas com a parceria da Associação de Pescadores e Agricultores de Limoeiro do Ajuru (Aspala). O foco são famílias da Ilha Grande Tatuoca-Japiim, entre os rios Tocantins e Pará.

De acordo com os especialistas da Emater, com o manejo das incidências de várzea, as comunidades ribeirinhas devem chegar a triplicar a produtividade da colheita, em até dois anos. 

“A atuação da Emater é de ponta a ponta: quando emitimos o caf [cadastro nacional da agricultura familiar], por exemplo, realizamos junto uma primeira visita técnica, e desde já aproveitamos para conferir as condições do extrativismo, pré-orientar os tratos, entender os caminhos da comercialização”, resume o chefe do escritório local da Emater em Limoeiro do Ajuru, o técnico em agropecuária e engenheiro agrônomo Edir Antônio Queiroz. 

 

O gestor explica que, a partir do acompanhamento da Emater, a cadeia produtiva do açaí vem se fortalecendo cada vez mais: “A presença da Emater consiste nas políticas públicas de valorização da tradição, do costume alimentar, e também da difusão tecnológica: hoje, o açaí como fruto é um produto muito valioso comercialmente e conseguimos manejo e colheita sob mínimo impacto ao ecossistema”, diz. 

De acordo com levantamento divulgado ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Limoeiro do Ajuru é o município maior extrativista de açaí do mundo. Dados da Emater indicam que pelo menos 95% da produção acabam direcionadas aos mercados imediatos da capital Belém e dos municípios de Abaetetuba, Cametá e Igarapé-Miri. 


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